domingo, 9 de maio de 2010

A Flor da Minha Pele tem Espinhos.

Feito em um único dia, contou com a ajuda da própria diva-atriz de ocasião e do querido amigo – Rodrigo Castro – que se desdobrou como assistente de direção, produção e apoio de minhas insanidades.
Lembro que tinha recém comprado minha câmera e a intenção era de dar vazão a uma brincadeira despretensiosa – livremente inspirada na estética do FREE cinema marginal (60′s), primeiros filmes do Jonh Walters, clips dos Cramps, e principalmente, nas obras de Suzana Flag (‘o lado quente do ser’ de Nelson Rodrigues).

Insinuam que a vida é um eterno aprendizado… pois é, e aprendi com esta produça sobre a importância de só dividir seu sonho com quem realmente pretende fazê-lo.
Eu, num surto Pollyannesco, achei que um amigo quizesse edita-lo e então deixei o material bruto do trabalho – e o meu coração – em suas mãos. Afinal descobri que o amigo talvez não estivesse interessado, ou não tivesse tempo, ou não pudesse… (uma questão que só a filosofia metafísica do Gil pode responder).
Todo o material ficou restrito à ùnica versão ‘o que tem é o que há’, sem a possibilidade de re-editá-lo, finalizar o àudio, incluir lettering, etc.
No capítulo ‘como piorar o que já está ruim’, não conseguia postar o trabalho no Youtube e Vimeo, devido a problemas com o arquivo que eu desconhecia, ou codec, ou… (GIL, help-me!).
A sensação de obra inacabada deve figurar em destaque entre os piores tormentos de quem se pretende à criação artística.

Quando já desistia do filme e o aceitava como obra feita que não existe (numa certa referência aos antigos filmes de Win Wenders), eis que o meu (santo) amigo – Lucas – conseguiu incluir as legendas finais e postá-lo nos sites de hospedagem de vídeos.
O vídeo foi parido, livrei-me do fardo e finalmente pude e mostra-lo à atriz, ao assistente, e agora a vocês.

Conclusão: se não ficou como eu o idealizava – e não existindo a possibilidade de consertá-lo, resta o orgulho da participação da Sandra, o tal “eterno aprendizado” – que me possibilita virar a página e aprender com os meus erros – e tal sensação de tarefa cumprida.
Uso como desculpa o discurso de um professor, que para icentivar a produção de filmes declara:
“Faça! A perfeição não existe. Quem quer Fazer filmes perfeitos escolheu o curso errado. Perfeição é coisa de estudante de piano e crochê”.
A dedicatória ao final do filme aos realizadores – que fazem como e da maneira que podem – não é à toa.

dnsoncarne

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