Reciclagem Artística

Eu sempre me impressiono com a capacidade e criatividade do ser humano quando ele demonstra o poder de pegar materiais velhos e transformá-los em algo novo; isso desde o indivíduo construindo sua casa de garrafa pet até as grandes empresas desenvolvendo novas maneiras de reutilizar plástico. Então por que não fazer isso com o cinema também?

Pogo é um músico australiano que usa samples de diálogo, efeitos de som, e trilha sonora de filmes para compor suas músicas. Ele teve seu primeiro sucesso no Youtube com 'Alice' (acima), uma música cujos samples vem do clássico da Disney 'Alice no País das Maravilhas'. Desde então, sua fama vem crescendo com músicas compostas por sons de filmes como 'Exterminador do Futuro 2', 'Harry Potter', e 'Mary Poppins'.

Por mais que suas músicas pertencem a estilos de música eletrônica, mesmo quem não gosta do gênero poderá apreciar o trabalho que é compor algo assim, e, além de tudo, a própria música. É evidente que a apreciação está chegando até as pessoas com o poder já que a Disney pediu que Pogo compusesse uma música a partir de seu filme 'Up - Altas Aventuras', mas com uma condição: qualquer outra música criada a partir de um filme da Disney fosse tirada do Youtube. O Pogo respeitou os desejos da Disney mas, graças à internet, ainda temos os músicas 'Expialidocious' de 'Mary Poppins' e 'White Magic' de 'A Espada Era a Lei'.

Para ouvir suas outras músicas, incluindo a 'Upular', aprovada pela Disney, clique aqui.

Lourenço Barsi-Gomes

Midnight Cowboys (2)

Mais um Teaser do Documentário Midnight Cowboys. Em breve mais informações.

Vídeo aula de stand-up comedy c\ Woody Allen (somiente para os que hablam español)

Antes de se tornar o mito, o diretor se apresentava em clubes e bares de comédia, onde fazia uso de seu humor surreal - com um pé nas screwball comedies dos anos 40.
Hoje em dia, as piadas parecem presas ao mesmo gênero de se falar sobre atualidades, celebridades e imitações - onde os interlocutores bebem da mesma fonte (dão a isso o nome de inconsciente coletivo).
PS: para os que gostam dele, é impossível não se emocionar com a percepção de seu nervosismo no palco - que beira os limites da 'cheiração'.


Por último, a defesa do artista à arte de roubar (Winona Ryder usou a entrevista como justificativa de defesa quando protagonizou o tipo de ação).



dnsoncarne

Demented Forever!

Da união que faz a força, e não somente o açúcar, surge um agrupamento de amigos interessados em pôr em prática suas idéias audiovisuais. Onde a grana é curta e a vontade infinita, só nos resta copiar os mestres. No caso, o grande Domingos de Oliveira e sua metodologia BOAA (baixo orçamento e alto astral). Para colocarmos isso em prática, resolvemos fazer uma festa alto astral que nos dê nosso baixo orçamento. Todos estão convidados a participar: amantes do cinema, odiadores do cinema, funcionários do cinema e até quem só assiste MTV. Em tempos de sanidade: Be Demented!

Local: A Torre. Rua Santo Amaro, 442. Bela Vista. (É RUA Santo Amaro, e não a Avenida.)
Data: 17 de abril.
Horário: 23h.
Preço: $15 ($10 Lista ou Antecipado)
Lista: coletivofilmefacil@gmail.com
Telefones: 85749344, 81463134.


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Me sinto melhor

É engraçado como não conseguimos dissociar a música da imagem. Geralmente numa primeira audição de alguma música ou banda, inconscientemente a associamos a algum gênero. A definição de um gênero não se dá apenas pela sonoridade, mas principalmente pela imagem (modo de se vestir, fotos, encarte do album, videoclipe, etc). Vemos esse exemplo principalmente na música pop, onde mestres, como Michael Jackson, nos mostraram o poder da imagem com videoclipes cinematográficos e figurinos únicos. Um bom exemplo atual que usufrui desses mesmos mecanismos é a Lady Gaga, a diferença é que esta não tem a mesma qualidade musical daquele.

É interessante quando músicas transcendem esse clichê deixando quem está ouvindo confuso com a dissociação, afinal uma banda de Rock tem que soar Rock e ter seu visual Rock, o Sambista tem que soar sambista...e assim por diante.

Ouvindo o novo cd da banda Hot Chip, deparei-me com uma música que achei extremamente pop (e isso não é uma critica pejorativa, pois adorei) e, instantaneamente, pensei que um ouvinte desavisado, ao ouvir aquela música, logo a classificaria como pop comercial sem fazer esforço para perceber a qualidade da mesma. Passei a gostar mais ainda dela, afinal música boa é música boa (como diria Jardel: "Clássico é clássico e vice-versa"), não importando a qual gênero pertença.

Hoje assisti ao videoclipe dela e me sinto melhor ao ver que todas as minhas divagações tinham fundamento. Eles brincam com a imagem hiper-pop que a musica inconscientemente carrega e destroem os clichês que a indústria consolida, afirmando a máxima de que "nem tudo que reluz é ouro". Tudo isso com um senso de humor que poucos têm, pois, no final, todos são destruídos.

Obs.: olhem os comentários no youtube, a confusão é inevitável


Lucas Gandini

Midnight Cowboys

Finalmente, acabou. Após meses na frente de um computador, editando por horas sem parar, terminamos o documentário da turnê americana dos DJs Lucio Morais e Yuri Chix, mais conhecidos como Database. Foi um processo longo e difícil com alguns momentos cheios de frustração (a foto do Database acima até que retrata bem aquela angústia de não saber como continuar). Felizmente, nadamos, nadamos e não morremos na praia. Estamos prestes a fechar um contrato com a MTV e, logo mais, estaremos assistindo nosso trabalho no conforto de nossos sofás, ao invés da cadeira em frente a um computador.

Mas o que é este documentário? Quem são esses DJ's? E por que começar um blog novo anunciando o fim? São todas perguntas válidas, ainda mais a úlitma... Existe clichê Hollwoodiano mais batido do que começar pelo fim? Bem, seremos mais clichês ainda e começaremos pelo começo. Era uma vez...


Em agosto de 2009, o Database embarcou em sua primeira turnê pelos EUA. Foram 40 dias e 22 shows regados a muita bebida e hamburguer. Ao longo da viagem, o Lucio Morais gravou tudo numa pequena câmera amadora (um tormento para a edição). De volta ao Brasil, o Lucio nos propôs a criação de um programa para a MTV com as imagens que eles tinham gravado. Então fomos à luta.


Nosso principal trabalho era criar um conceito e uma estrutura para o documentário a partir daquele material bruto e caótico. Resolvemos, então, dividir o documentário em quatro episódios curtos para aproveitar melhor as imagens fragmentadas e aleatórias. Como consequência, decidimos adotar uma linguagem próxima ao videoclipe: cortes rápidos e uma narrativa solta, explorando o fato de que as imagens captadas pelo Lucio eram bastante singulares, vindas não de um observador externo, mas de um participante.


Na quinta passada, tivemos nossa primeira experiência de exibição na festa de lançamento do documentário que o Database organizou no "Bar Secreto". Esperamos que as pessoas tenham conseguido entender tudo aquilo que tentamos sugerir no processo de montagem (inclusive as piadas). Se elas não gostaram (ou não entenderam), azar o delas, porque não voltaremos à frente de um computador por mais alguns meses, editando por horas sem parar...







'Midnight Cowboys'
Filmagens: Lucio Morais e Yuri Chix
Roteiro, Edição e Tradução: Lourenço Barsi-Gomes e Lucas Gandini